Minha gente, concordo que a idéia inicial era colecionar estórias pessoais sobre contos de fadas e afins. Tive que abrir essa excessão pois as duas estórias seguintes são muito legais e foram escritas pelo meu pai.
eu pai tirou da cartola dele um procedimento fantástico, digno de ser reverenciado. Marcou-me pelo resto da vida quanto ao perceber que a coisa e a imaginação caminham juntas. O mesmo que hoje diria a turma do filme WHAT THE BLEEP DO WE KNOW? de que um evento em si só existe em nossa vida porque cada um de nós faz parte dele ou, em outras palavras, a coisa só é porque somos, o universo auto-referenciado!
Pois bem, meu pai dizia que falava com o sol e juntava meus irmãos e eu ao redor dele; fechava os olhos e conversava com a entidade sol e lhe perguntava o que ele tinha trazido para nós. De repente, depois de muita conversa jogada fora, ele nos dizia para procurarmos em determinado lugar, fosse a sala, os quartos, a cozinha, para acharmos o que o sol havia reservado para nós. Meu pai tratava de sempre conseguir um presentinho para cada um de nós. Era uma felicidade e, para mim, um alumbramento, como meu pai tinha o dom de falar com o sol? Pois, a presença do sagrado, o inefável, o impossível, sempre me acompanhou ao longo de meus anos: é o que acredito sempre me levar para frente em todas as situações, boas ou más, para que eu não desista de conseguir meus sonhos, projetos, enfim, o mundo do faz de conta, da minha conta! Tomei de empréstimo a idéia luminosa e a reproduzi algumas vezes para as minhas filhas.
José Carlos Peliano, 61 anos, poeta e economista.
6 de mai. de 2009
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