12 de mai. de 2009
Revisitando a minha memória de menina (parte 2)
u considerava o "Gato de Botas" muito inteligente, pois conseguia transformar, de uma maneira criativa, a vida miserável de seu dono. Eu não o via como um enganador, mas como um animal que precisava salvar seu dono e que usava de peripécias para criar situações que viessem beneficiar o dono.
Eu queria muito ter uma bota daquelas, pois eu atribuía a elas todo o brilhantismo de sua inteligência. Me encantava a forma em que o gato acabava com a vida do ogro, ou seja, se utilizando das próprias artimanhas dele. Mais ou menos, como diz o ditado: "o peixe morre pela boca".
O "Gato de Botas", me dava uma sensação interna de ser o sujeito de minha própria vida, de depender de mim mesma essa capacidade de modificar a realidade vivida, apenas, contando com os atributos de minha inteligência criativa. Claro que isso não era explícito e, se alguém, me perguntasse por que era uma das minhas estórias preferidas, eu não saberia responder. Hoje é que eu tenho condições de fazer essa leitura, de atribuir esse significado ao conforto que essa estória me oferecia.
Débora Brenga, 51 anos, espalhadora de estórias (escritas e orais).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Débora disse:
ResponderExcluirOi Dri! Segue aí a minha contribuição.
Vi o blog e amei.
Belo trabalho.
Uma fonte muito interessante e importante pras pesquisas de muitos de nós.