9 de set. de 2009
Repertório emocional
sse processo foi narrado no livro de Raimund Hoghes que permaneceu com a companhia de Pina Basch durante os ensaios da peça. Os contos de fadas foram usados como fontes na criação de cenas da peça Barba Azul, empregados para estimular as lembranças e o repertório emocional dos intérpretes. As diversas frases, brotadas das memórias dos intérpretes – de diversos países e formações culturais – recordam vários contos. Apesar disso, todos se referem a clichês que homogeneizaram e mitificaram as histórias:
“Eu sou Cinderela e o sapato serve em mim ... Agora o Imperador tem um rouxinol mecânico mas vou esperar até que ele quebre e cantarei para ele... Sou a Chapeuzinho Vermelho e mal posso esperar para encontrar o lobo na casa da vovó... Já joguei 11 sapatos contra a parede, mas não tinha nenhum príncipe dentro... Sou a bela adormecida e estou dormindo há 99 anos. Espero que algo aconteça logo! Sou Pinóquio e comecei a viver.”
Kátia Canton, no livro “E o príncipe dançou...” O conto de fadas da Tradição Oral à Dança Contemporânea.
São Paulo: Editora Ática, 1994.
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