9 de jun. de 2009

Prisioneiro de um quarto assimétrico


epois de um dia extenuante de trabalho, sou despejado no hotel. Subo diversos andares e adentro o quarto escuro. Tateio as paredes até encontrar o interruptor, acendo as luzes apenas p/ checar se está tudo certo, neste momento o que mais desejo é escuridão e dormir. O clima é frio, tomo um banho quente e deslizo para debaixo das cobertas, apago as luzes, olhando para o teto penso em dormir para sempre naquele quarto.

No meio da madrugada acordo, olho para o celular para ver as horas, o visor está apagado, decido me levantar na escuridão e topo com a parede, minha memória do espaço do quarto era outra, fico com a impressão de que levantei do lado errado da cama. Procuro localizar o interruptor para acender as luzes e começo a tatear as paredes, a impressão é de um local diferente, estou agora em um quarto com paredes assimétricas sem portas ou janelas e um espaço minúsculo ao redor de uma cama. Concluo se tratar de um sonho.

No meio da madrugada acordo, olho para o celular para ver as horas, o visor está apagado, decido me levantar na escuridão e topo com a parede, minha memória do espaço do quarto era outra, fico com a impressão de que levantei do lado errado da cama. Procuro localizar o interruptor para acender as luzes e começo a tatear as paredes, a impressão é de um local diferente, estou agora em um quarto com paredes assimétricas sem portas ou janelas e um espaço minúsculo ao redor de uma cama. Concluo estar aprisionado naquele quarto e lamento ter desejado dormir ali para sempre.

No meio da madrugada acordo, olho para o celular para ver as horas, o visor indica que são cinco horas e vinte e três minutos.

Isso não é um conto de fadas, mas uma participação querida de um amigo especial.


Jum Nakao, 42 anos, Estilista e Diretor de criação.

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