uando se pergunta a um grande número de pessoas, sem preparo analítico: “Qual foi, na sua infância, o seu conto de fadas preferido?”, poucas poderão dar resposta verdadeira e honesta. Na maior parte essas histórias estão submersas no inconsciente, e é por isso que se coloca questão – por meio de qual estratégia podem elas ser trazidas à consciência? Outra pergunta é, quais os meios para que esses contos possam ser usados na terapia, a fim de promover o processo de cura e de individuação durante o tratamento?
Não só os motivos oníricos de contos e fadas, mas também certos contos de fada, em si mesmos, podem apresentar relações profundas com o destino, o mundo interior, certas formas de experiência, modos de comportamento, doenças e fraquezas e ainda como méritos e forças do homem. Pode ser o caso de um conto de fada um uma história parecida com conto de fada, pela qual uma pessoa foi profundamente fascinada em sua infância, por que a amava muito ou ficou por ela aterrorizada. Mais tarde esse conto foi esquecido ou reprimido e submergiu no inconsciente, onde, porém, conservou vitalidade notável e desenvolveu efeitos que o adulto nunca tinha percebido como tendo qualquer conexão com o conto.
Trecho extraído do livro “Contos de fadas vividos” de Hans Dieckmann. São Paulo: Paulinas, 1986.
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