9 de jun. de 2010

Elo perdido



odos nós, quando crianças, tivemos uma ou duas histórias prediletas para a hora de dormir, que nossos pais ou babás tinha que repetir um número infindável de vezes para satisfazer nossa imaginação insaciável. Histórias das quais nunca nos cansávamos e com as quais nos identificávamos, e que talvez agora estejam perdidas no sótão de nossa memória ou ainda bem assinaladas como a folha dobrada de um livro muito lido. Pode ser um conto de fadas, a história da Mamãe Ganso, o livro Dourado, um romance infantil. Às vezes, eee algo que um pai deseperado acabou inventando, ou alguma coisa que nós mesmos criamos. Quando recordada anos mais tarde, pode servir como uma espécie de prisma de si mesmo a refletir o que pensamos ao nosso respeito e também o que fizemos de nós. Como o Rosebu de Charles Foster Kane, pode revelar o "elo perdido" da nossa personalidade. Seja "o patinho feio", ou "os três porquinhos", sua permanência em nossa lembrança revela muito de que e quem somos, e em que estamos nos transformando.

Madonna Kolbenschlag.
Adeus, Bela Adormecida.
São Paulo: editora Saraiva, 1991.


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